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Mostrando postagens de dezembro, 2020

bola de cristal

Acho  Que a lua  Vai sorrir Escondida Pra mim De um jeito Romântico Deixando Bem Largado Meu coração De um sentimento Num baile nostálgico Onde a menina Nunca é esquecida Pra dançar Eu estou lá Com você Bola de cristal

no joelho

Lábios molhados Chuva na janela Abraço apertado Um cheiro No cafuné Forte Bem No cangote Pra amaciar Chegar Junto Com as mãos Desejo  Que não passa Aumenta Tô de olho No joelho Será

grávido de você

Tô pertinho Quase chegando Será que dar tempo De sentir  O sorriso Vontade De muitos Doces E de devorar E não oferecer Pra ninguém Jeito único De ser Quando vem Na essência Esse mergulho De cada encontro Grávido de você

as pernas também amam

Difícil De imaginar E não escorregar Acreditar  Que nesse vale Tem uma fonte Perdida Onde fica Uma cachoeira De águas  Cristalinas Que jorram Com vontade De chegar Junto As pernas  Também Amam

empate

Não deixo Margens Pra os erros E que preço A certeza Tem ciúmes Lampejos Será que mereço A dúvida Faz O meio de campo Única no olhar Ser  Um caminho Sem volta Nem rodeios Nesse jogo Sem vencedores Ou perdedores O empate Sempre Me seduz Cadê a luz

dentro de um abraço

Dentro de um abraço Existe mais  Que o encontro Colisão Na fusão De um chá Queimando Na garganta No peito Esquenta É quente Isso que sobe Na menina Dos olhos Será  Que vai Chover Nuvens De saudade

de se amar

Quem disse Que são As flores O encanto Não tem Nome A magia Desperta O sonho Se espero Me emociono Na pele Percorre O toque Invisível De se amar

sentir o fruto

Delicioso sabor É descobrir O que se traduz Conduz a luz Me faz colar Beijar a vida Com tal Intensidade De celebrar No silêncio Voraz De encarar Mais uma vez Balançar A árvore Sentir teu fruto

ser de luz

Saído De um sonho Encharcado De lágrimas Nas chamas Da paixão As mãos Ensanguentadas De sentimentos Vão acordando Da fantasia Lenda olhar Teu lugar É outro Irá mudar Viver Ser de luz

panela

Esqueci a toalha No banheiro E a sala me pareceu Bem nua O sofá não tinha Como esconder A surpresa No olhar Talvez  A emoção Pudesse Explicar Só me faltou A cozinha E foi quando Deixei A panela queimar

goiaba

Do que sou Rebelde E assumo Que nada Está No lugar Quando Começo A andar Tirando Tudo Que posso Do lugar E afirmo Mais Ainda Subo Nesse Pé Absurdo De goiaba Que não sai Do pensamento Parece um beijo Louco colado

tênis velho

Tênis velho Nostalgia Jeans esfolado Cabelo largado Doido no vento Lábios molhados Na chuva Olhar de tempestade Soltando Um furacão No horizonte Abraçando Quem sabe Tem um sorriso No beijo Tênis velho

desamarrando a vida

Deixei escapar Esvaziei A dor Nem assim Encontrei O tempo Fugiu Nem olhou Pra trás A dança Pediu nos pés A mesma dança Me ensina O que não escuto Mais no coração Desamarrando a vida

na cor do segredo

Estradas Lembranças Passeio Forte Memórias Que navegam Sem olhar As curvas Turvas águas Desafios Correnteza Fôlego Vontade Na boca Nada sai Puro silêncio Na cor do segredo

o peregrino

É do absurdo Que nasce A flor No deserto Do que bebe Vem Do oasis Toda verdade Saindo Da ilusão E sede Se encontra O peregrino

o malandro

De quem  Falo E não Me escuta Paisagem Ou surdez Eco tímido Teoria Da conspiração Tem vezes Que saio Assim De meias Trocadas Cores absurdas Pijama No olhar Sobremesa Sem jantar Me diz Como o chapéu Esconde O malandro

vela

A vela Exibia A escuridão A cera  Fazia De tudo Pra não  Transparecer Pressa As sombras Tingiam  As paredes Em pinturas Vivas Num espelho Sem reflexo Esse amor Na chama

magia e poesia

Tenho sorte Nesse sorteio De marés cheias Praia de ondas Mansas no horizonte Detalhe Que não vi Onde foi Parar  O que restou Me tornou O que sou Daqui em diante Um vale escondido De mistérios Na ponta dos dedos As respostas Viram estrelas Magia e poesia

âncora

Levei Pra longe O sentimento Aprisionado De um lugar Que não existe mais E insiste em ser Um sonho abandonado Cheio de momentos Que não trazem paz Nem toda tempestade Precisa nascer da solidão E ficar sem direção No leme do coração Existe muito mais Solte a âncora Que prende  O amor

venha cá

Saindo de cena Indo namorar A vida Olhar Pra o café Sentir o sabor Que dar Pra ver Que vale a pena Reclamar muito Pra quem sabe Amar Que é no espinho Tem uma ponta De saudade E só espirro Quando a poeira Da alegria sacode Venha cá

gelatina e poesia

A gelatina Treme  Na mesa Quase Se desmancha De medo Corre  Por fora Sim Na sobremesa No creme De leite Saliva No desejo E sabor Na língua Que desperta De prazer Gelatina  E poesia Sabem Rimar

no sentido da vida

De quem  Faz E não Esquece A sombrancelha Protege No olhar Que fecha A flecha Sabe Que no arco Estica A vez De acertar No alvo Na maçã Acerta Na cabeça O sentido Na vida

no sorriso

Será  Que tiro Pedaço Ou só  Me satisfaço Com retalhos E mergulho Sem levantar A saia Deixo  O vento Acalmar Louco Pra encontrar O que se esconde No sorriso

sonho sem parar

Esperei Te vi crescer Dar frutos Imaginei Que um dia Iria descobrir Que entre As estações Mudava O sentimento Num pergaminho Mistério De lá  Pra Cá Sonho sem parar

um conto de amor

Não tenho folga Acordo bem antes Do amanhecer Estou entre O equilíbrio Da lua com o sol Rostos conhecidos Na trilha uma ponte Muitas conexões E no caos Que te encontro Por momentos Estamos quase Virando um livro Quem sabe Um conto de amor

um jeito de nunca esquecer

Onde Me encontro Estou sozinho Pareço Alugar Uma gaveta Sem destino O que será Que posso Guardar E não Se desmanchar No pensamento O coração Lembra Um freezer Quebrado Quando ama E encontra Nos olhos Do horizonte Um jeito De nunca  Esquecer

véspera de Natal

Um alvoroço De onde  Não quero Sair E só Aproveitar O que a solidão Não tem E pra dar Basta Um abraço Apertado No que antes Estava perdido E voltou Pra casa Véspera de Natal

me incomoda muito

Me incomoda muito Não te sentir feliz Sem abraçar O mar  Passear Nas conchas Ver  Que a brisa Namora Forte O teu silêncio E que tudo Fica mais Do que solto Quando consegue Sorrir alto

em outros olhares

Olhar No mesmo olhar Tão nosso Em outros olhos Pra provar Sentir o gosto Molhado no olhar No mesmo olhar O sabor dos lábios Tão eu  No seu olhar Em  Outros Olhares Anne Amme

desculpe

Desculpe Se não alcanço O que pensa E não sou Receptivo Desculpe Se chego Tarde E vejo Que é cedo Desculpe Se a confusão Perde o endereço Nem adianta Bilhete Desculpe Se atropelo A conversa E me falta o silêncio Desculpe Pelas longas Esperas No telhado Desculpe Por sonhar Demais Com você Desculpe

o amor na lição

Se nada Te faz Feliz Sobreviva Arrisque A atirar Na parede O sangue Do que bateu Rachou No sentimento Sem curva Tem jeito De chuva No coração Me escuta Que dessa vez Tá valendo O amor na lição

lágrima de prazer

Perdeu a saia Nem lembrou De tirar Rasgou Sem pena Do pescoço Veio a língua Feito serpente No suor Conheceu Colou Fez arder Até o fim Uma lágrima De prazer

muito de você

Tentei Me aconchegar Percebi Que não tinha Como fugir E o que esfriava Ia além Da pele Sincero Arrepio Como acender Sem emoção Descobrir Que entre Um olhar e outro Existe muito de você

quando ama

Agitada Soltando A voz rouca No café Se arrastando Não quer saber Só ver Com profundo Mistério Se alegra Deixando O brinquedo Nunca  Tem Dúvidas Quando ama

muita saudade

Sangue quente Fervendo  No olhar Pulsando Os lábios Em silêncio Despertam No perfume Ninguém diz Que ali existe Um furacão Que namora Um vulcão livre Pra espalhar Bem a vontade Sentimento preso Muita saudade

laço infinito

Na dança existe A magia sempre Além dos pés De quem Dispara Na emoção O universo Cria vida Sintonia Simples De dois Olhares Se eu pudesse Lembraria sempre Que os momentos Precisam  Dessa intensidade Laço infinito

suas margens

Cadê a língua Com sede Tecendo o fio Bicho da seda Sem rasgar A pele Tatuagem Mistério Sério lugar Com muro Onde quero A viagem Suas margens

encaixando

Profundo Labirinto Degrau Vazio Insegurança Medo Escuridão Detalhe Recorte Tesoura Tesouro Ilha Segredo Espelho Dedo Corte Sangue Pulsar Coração Fôlego Beijo Encaixando

lá vem minha neguinha

Quem disse que viu Voou na flor  E não deixou De agitar Com o vento Deu asas Fez o menino Largar o brinquedo Conhecer além Do beijo Sendo esse olhar Único no caminho Naveguei na voz Que ecoava Muito no peito Lá vem minha neguinha

feito com concha

Feito concha Na areia Esperando A maré Levar No capricho Aconchego De esticar Na rede Espantar Toda preguiça Pra namorar A temperatura Que vinha Acordar o amor

das cores do coração

No que me distraio Reconheço o jeito Que o tempo anda Sem pressa De chegar O que parece longe Perde a magia  Da espera E o que era perto Tem outro sabor Sabor De vida Chegando Regada De tantas Sementes Das cores Do coração

se tudo é gratidão

É bom Quando A gente Liberta O entusiasmo Estraçalha O desafio Embaralha O destino E o que fazer Pra quem Devemos Pedir Desculpa No universo Se tudo é gratidão

que amadurece o amor

Fico atrapalhado Enrolado esbarrando Quando avisto O momento Que se aproxima O sentimento Enrosca Tira pedaço Me lembra Uma pizza Bem derretida É essa sensação Que não se estraga E melhora Com o tempo Onde  Será Mesmo Que amadurece O amor

mística

Do duelo Só restou A fumaça O destino Chamou Forte Sinais Na natureza E instinto Derramando O sentimento De unir Mística

quando se cai

Em pedaços No assoalho Espatifou Voou Pelos cantos Esconderijos Na alma Deserto De poucas Cores O chão Tem jeito De ser Igual Quando se cai

entre a dor e o prazer

Entre a dor e o prazer A agulha consegue Encontrar o caminho Destino do vestido Entre a dor e o prazer A constelação namora O brilho que te faz estrela Perdido no ninho Entre a dor e o prazer Carrego o peso Pensando no balão É quando chego Entre a dor e o prazer O tempo dilacera  A carne que muda Bem mais perto Entre a dor e o prazer

no meu

Todo clima Na beleza Do teu olhar Está no olhar Todo jeito Estreito É teu E está Todo mar E na areia Grãos teus Graus seus E no presente Que acolhido É teu coração No coração está Todo dedo Alegre teu Teu encostar Encostar no seu Teu Está Seu No meu

me casei com teu mundo

Não me disse nada E reparei que as unhas Riscavam a pele Numa agonia única De alcançar o suor Por em prática O entusiasmo Deixado pra trás Desse capítulo Virei páginas Mudei capas Quis só ser Um desejo Escolhido No silêncio Amei De todas as formas Veio muito mais Que sonhei Uma descoberta De tantos ângulos Diferentes Que não sei Por onde agradecer Me casei com teu mundo

no seu livro

Como me desculpar Da ignorância Que ainda sou E da estrela Que nada  Pede E todos Insistem Com desejos Algo em troca Esquecendo O preço Acredito Que tenha Sim Jeito  De voar Sem asas No seu livro

sensação térmica no olhar

Perdi  O interesse Desbotando  O jeans Saudade Nua Suor Descoberto Enxugar Pra que Está molhado É tudo De tantos  Pingos Me sinto Uma chuva A espera  De uma  Tempestade Inquieta Sensação Térmica No olhar

primeira vez

Como se Não soubesse De nada Olhar comum Óculos esquecido Boné no sol Desafiando O cabelo A boca pedia Fique mais Um pouco Na sede Se é Pra acontecer Que seja Uma surpresa Primeira vez

no balé

No balé Vem O que desejo Eu vejo Num leve Despertar Te convido A dançar Atravesso Piso Nos seus pés Sem jeito Veio O melhor Momento No peito Um calor Ninguém Erra No amor No balé Anne Amme

no bolso da vida

Pensei  Em despistar A lua No amanhecer Me esconder Nos primeiros Raios de sol Lambendo O horizonte Rompendo O silêncio Um jeito De acompanhar Timidamente De que  Nada Vale a pena Se o sentimento Desencontra As batidas Do coração No bolso da vida

muitas lendas

Me calei Nas folhas Que sussurravam Na boca Do vento Sentia Nas mãos O desejo Do anel Os dedos Sabiam Do elo Com cuidado O amor chegava Pra repousar Somos  Feitos De muitas lendas

em paz juntos

Ninguém reparou Que vivo correndo Pela vida Como lagartixa Perdendo o rabo Esperança no fôlego E na escuridão Me pendurando Em vagalumes Sei que ninguém Veio a passeio E não troco O sabor Que tenho Guardado Na liberdade  Existe O teu sorriso Em paz juntos

as quatro da manhã

No silêncio Ouço melhor O que não diz Na correria E derrama Em saudade Poderia seguir Caminho esquecer O ninho simplesmente E ignorar cada passo Pegada marcada Retrato A lição ganhou Asas no infinito Desejo de se está Em todo lugar Fazer nascer O sorriso As quatro da manhã

lembra entende

Sinto Que tudo Pode mudar A todo momento Circular no pensamento O vento da dúvida Crescente lua Flores no jardim As roupas ficaram Bem rasgadas De tanto insistir Na pele nua As cantigas Na fogueira Labaredas Falam por si Lembra entende

quero voltar

Acordei Tão palhaço Olhos inchados De travesseiro Pés no chão Perdi o chinelo Não encontrei O caminho O número um Quis se apresentar Antes do tempo Suspiros E no espelho Um ser estranho Do outro lado Gritando Quero voltar Pra cama Cadê  Você

casanova

Da nuvem O algodão Do vento A ilusão Encolhi Pra caber Na lente De um vírus Que nem A língua Descobre O sabor De encontrar Entre os seios Um colar De pérolas O sedutor Casanova

na memória

Idéia de geleia Não tem graça Lembra gelatina Tremendo Quando balança Na língua Pedindo Sempre Mais Aliás cadê O que tem Guardado No guardanapo Quase se apagou Na memória

veio você

Estava perdido Dentro de mim Precisava encontrar O que estava partido Quebrado no prato Xícara sem café Copo rachado Água escorrendo No que ia dar Ficou no fim Da ladeira Esperando O que mais Podia ser Veio você

destravando

Pressentimento Vestido No vento Desejo Perdido Cereja No bolo Demora A derreter Na língua Em cima Desse olhar Tem um passeio Inédito Inquieto Destravando

dois irmãos

Amarrotando Os sentidos Não desperdiço Nenhuma gota Que cai Dos lábios O vinho Combina O que domina Quando encaro De frente Dois irmãos

salve a Bahia

Desse furacão Quero arrancar O que mais Te prende Tenho visto Que as lágrimas Mudaram De direção Ganharam O sorriso Tranquilo Da criança Menina No colo De muitas Raízes Salve a Bahia

despertador

De um olhar Sonolento Não me atrevo Ficar próximo De tirar o sossego A paisagem miragem Fôlego no coração Fico admirando Teu território Paraíso Sonhos De despertador Liquidificador De sentimentos Sabe me dizer Que gosto tem O seu amor

longos cabelos

Precisei Dos detalhes Reconhecer Os arrepios Olhar pra Superfície Me secar Na margem Da lembrança Nas tranças Longos Cabelos Nas costas Quase Chegando Lá

mão boba

Mão boba lembra Muitas ocasiões Sustos e olhares Mão boba  Sensação Boa Mão boba Flor  Nua Mão boba Mas, ela Sentia Mão boba Entrelaçando O destino Mão boba Anne Amme

especial beijo

Te perdi na esquina Entre tantas calçadas Um sorriso escondido De mãos dadas Espalhando O tímido Pelos cantos De um olhar Óculos escuros Que só consigo Tirar após Um longo Especial beijo

esperneando

Por debaixo Dos sonhos Tem um forro Um sofá De idéias Soltas Pra serem Vestidas Pintadas E penduradas Num varal De escolhas Quem tem preguiça Valoriza a demora E se prende Na beleza Do obstáculo Vaidade Vive esperneando Pela vida

a dois

Apertando os dedos Tem o mesmo tamanho Anéis de Saturno Vestido de muitas cores Me toca em cheio Suor sorriso Me dando fome E pra mim  Vale tanto De que lado fico Perto ou longe O perfume A dois Anne Amme

no chuveiro

Cansei  De ir  Contra A parede Deixar O travesseiro Sozinho Jogado O olhar Leve Pedindo Colo No chuveiro

primeiro passo

Trancado Em grades Invisíveis Resisti Como pude Evitei  Sair Da casca Solidão Morei Onde a luz Nascia nas sombras Foi preciso Além da fé Um detalhe Primeiro passo

dança da cigana

Cala a boca Quero teu silêncio Invadir pra valer Sentir a pele Rasgar na dor De esquecer Ferver a saudade Do beijo molhado Resgatar o sentimento De que a chuva leva E o que fica Tem a mudança A dança da cigana

a lenda de um coração

De uma natureza única Podemos celebrar A faísca que somos Diante da beleza Que flutua Entre tantas Constelações E nasce Em cada momento Essa figura no espelho E traduz bem a vez No círculo da vida A lenda de um coração

misturas do amor

Do que disse E passou Esqueci a jujuba Percebi o amendoim E na salada se fez O verdadeiro sabor Que demorei A descobrir O que ninguém  Ainda sabe Que dessa vela O barco conhece E do leme Basta namorar  A âncora Sem perder O cais Misturas do amor

vem a cigana

Tem coragem De esfolar A língua Mergulhar No poço Da ilusão De rachar O espelho E culpar O gato Tem vidas Além Brasa Na fogueira Na saia Vem a cigana

vale perdido

Pra sacudir Fazer espernear A alegria Na floresta Se embrenhar Me perder Na trilha Sem ter O caminho De volta Soltar O passado Indo De encontro Ao vale perdido

pés molhados

Deveria ouvir Bem mais O som Do mar Batendo Nas pedras No por do sol Em silêncio Descobrir Na concha Que se abre Com a maré Pés molhados

você chegou

Lembra Que nada disso Faz sentido Vai dissolvendo Perdendo a cola Os pedaços Sendo Um quebra cabeça Onde tantos corações Lágrimas e alegrias Saem além dos olhos Da criança do universo Irradiando Ei sei Você chegou

um sinal

Um sinal De que Veio Num instante Ao mundo Celebrar A trilha  É criada Conforme Sua vontade De viver De bem Consigo Mesmo O desafio Se chama Amar

me reconheço

Já soube ver De verdade O farol Na praia Juntos Com o anoitecer Lábios úmidos De desejos Na areia As pegadas Escorregavam Apaixonadamente Um pensando Brincava De pular Em você

pular em você

Já soube ver De verdade O farol Na praia Juntos Com o anoitecer Lábios úmidos De desejos Na areia As pegadas Escorregavam Apaixonadamente Um pensando Brincava De pular Em você

tua maré

De quem bateu a porta E descobriu o que tinha Do outro lado da maçaneta E namorou a chave Balançou o coração Um pêndulo Lembrando A gangorra Uma mão amiga Dando o aceno O jeito que a vida Dar pra que receba Um oceano de ondas De uma praia Saindo dos sonhos Vem repousar Eu sou tua maré

corpo diz

Quando o corpo diz Vem com tudo Não se guarde Deixe o segredo Escorrer percorrer Ser o perfume Embriagar o ar E nos olhos Cor de brasa Não existe Cantada Ensaiada Quando o corpo diz

tô louco

Tô louco pra deixar De fugir desse lugar Namorar Tô louco pra descobrir O sentimento sempre O que ninguém entende Tô louco sem saber Onde o assobio Virou música Tô louco cheio De arrepios E colar tanto Nesse tô louco De verdade  Amar

seja luz

A natureza ensina Silenciosamente Vários caminhos Tornando a vida Um jardim De muitas flores Descobertas De sentimentos Não existe falta Que a saudade Não preencha Como rios Que desaguam No mar Vai levando O que precisa O amor conhece E fará de tudo Pra que consiga Seja luz

difícil de descolar

Esvoaçado Pareço Um leão Não alcanço Onde preciso Arrumar A gargalhada Sofre Fico rouco Nesse trono Puxando No colo Me dá Um passeio Assim Que nem Café No banho Difícil de descolar

só pediria você

Um vento Me tornando Seu Pernas Que balançam No desejo Boquiaberta Dança Na mesa Se eu Soubesse Antes Só pediria Você

com amor pra vida

Quando busco Forças pra superar Existe uma chance Uma luz mais adiante Saindo das sombras Dando passos largos Num abraço forte Faz renascer Merecer cada brilho Sorriso nos olhos Do nublado vem Saindo do horizonte Te vejo acordar  Com amor Pra vida

entrei no banho

A luz não apagou A lua não veio Fiquei nas nuvens Tentando ver Teu céu Meu olhar Sentiu  Tua estrela O que babou Virou cachoeira E o que desejei Me fez levar Pra casa Entrei no banho

reencontro

Só vejo Que o tempero Não cai bem Quando o sentimento Navega longe da praia As ondas infinitas Se jogam na maré Pedindo pras conchas Se abrirem sem segredos Afinal de contas Um horizonte  Sem beijos Desanima A gaivota Que quer Seu peixe

seu peixe

Só vejo Que o tempero Não cai bem Quando o sentimento Navega longe da praia As ondas infinitas Se jogam na maré Pedindo pras conchas Se abrirem sem segredos Afinal de contas Um horizonte  Sem beijos Desanima A gaivota Que quer Seu peixe

fofinho

Fofinho  É um beijo Aconchegante Quando olho Pro espelho Inquieto Como se  Não soubesse Quem está Do lado de cá Só tenho a prova De sentir a roupa Escapar do espaço Desejo  Que não vou deixar De provar  Você