Postagens

Mostrando postagens de março, 2021

mãos no vento

Queimei A língua Comendo Demais O tempo Acreditei Na areia Da ampulheta Sincera De esvaziar O que passou E vendo Os grãos Irem Num passeio Sem volta Tive a impressão Que aprender É isso Respirar No sorriso Das manhãs Desatar bem O coração Largar As mãos No vento

irônico

Não tem Como disfarçar Iludir o olhar O tom  De voz Muda Vem Um peso No sentimento E pra ficar Leve Novamente As vezes Demora A voltar O sorriso Tipo trator Na frente Do ônibus A gente Briga Quando Sou irônico

esfregando

Esfregando O rosto Na toalha Tentando Secar A solidão No banho Que não cessa De lembrar O quanto A cachoeira Da vida Tem Pra desaguar Ensinar Que o sonho Só nasce Vindo Do coração Sempre

mesa

A mesa  Tem vida Nos olhos Em silêncio Habita Uma saudade Um retrato Que não sai Da mente Uniões E brigas Faziam Sentido Do café Com leite Ao pão Com manteiga Pra que mais Se o sorriso Era o brilho Das manhãs Em família

Tenho a sensação Que já passei Por isso Tantas vezes Que perdi A conta E só não Lembro De nada Devido Distraído Coração Olhar Acreditando Que tudo Pode Melhorar Fé

muitas vezes na vida

Não sei Se consigo Te acompanhar No que eu quero Eu gosto De ficar Num canto Sozinho Namorando O ser Uns amam Cansar A coitada Da língua Em equações Não musicais Que sejam Gemidos Ilusão Prazer Momento Que seja Apenas  Você E o universo Muitas vezes na vida

namastê

Mantenho A distância Reconheço Que possa Me queimar Com teu brilho De fazer Com que Os dias Sejam Claros E nem As insistentes Nuvens Ou chuvas Podem Esfriar O calor Que vem No peito Quando Avisto A natureza Namorando O silêncio De nossos Corações Namastê

feliz presente

Será Que passou Do ponto O tempero E bem Que tentei Distinguir Teu sabor Ao vento Um eco Pedindo Não seja Intragável Nas costas Ainda sinto Tuas unhas Fazendo Um mapa Mistura De dor E prazer Feliz presente

direção

Tive  Coragem De insistir E ver Que o horizonte Permite Que possamos Nos vestir Do que Somos No momento Dessa bússola Que não precisa De estrelas Pra se guiar Nem âncora Pra segurar O que vamos Deixando Pelo caminho Essa direção Se chama Amor

pássaro

Olhei Percebi Que tinha Escolhido Um lugar Nas sombras Esquecido  No tempo Demorei A soltar Sair Sorrir A criança Pensei Muito E não soube Dizer Ao vento Onde Foi Parar A mania De amar Sentir No colo O calor Do amanhecer De ser Um pássaro Pela vida

bêbado

Eu vivo Bêbado  com Você Viagem Sem volta Contornando A solidão Onde  O encontro Alimenta  O amor Chamas No olhar Fazem Arder O que o corpo Mais pede.

dieta de você

Eu fico louco Te comendo Em pensamentos Me come vai Feito sushi Sashimi yakisoba Ou me faça Ferver como Um churrasco Em brasas Quero mais Esse cardápio Me namore Não deixe  Eu ser Apenas Um aperitivo Dieta de você. Anne Amme

beijo

Me sinto Tão enjaulado Em pensamentos Que fora De mim Deve Ser Um lugar Que desconheço Se tem jeito Deve ser Um caminho Escondido Desse medo Que tenho De me apaixonar Cada vez mais Pela vida Preciso Do teu beijo

muitas saudades

Queria descobrir Em qual ilha Você foi parar E se tinha Essa paisagem De lagoa azul E de brincar Pra valer Num romance De fazer inveja Ao mais Dos atrevidos Desejos  O milagre  Vem  Tão forte Que faz De dois Corações Sermos Sermos únicos Nesse amor Fruto De muitas Saudades

no coração em silêncio

Um pouco De alegria Surge No momento Que olho Teu horizonte Amanhecendo Um sentimento Ao som Dos pássaros Na janela Dando Um passeio No pensamento E não tenho Dúvidas A natureza É um presente Verdadeiro  Real De que a vida É uma eterna Semente Germinando No coração Em silêncio

estou com você

O olhar Mergulha Silencia Namora Na distância De um pássaro Saindo do ninho No amor Das asas Flutua Beija A foto De um jeito Que a saudade Contagia A pele De arrepios Um lugar Que não Me sai Da cabeça Como você Entra tão bem Dentro de mim Quando fala Calado Estou Com você

seduzindo você

Quero dar  Uma apimentada Na tua comida Ver arder o prazer E se eu colocar aqui O que estou pensando Perco o vermelho Em vez da pimenta Com apetite No coração Quem sabe Nesse prato Conheça Teu tempero Seduzindo Você Anne Amme

tanto no coração

Quando O entusiasmo Tá no ralo É difícil De erguer A cabeça E dizer Tá tudo bem O capim alto Precisa Ser Aparado No sol Forte Demais Ansioso Estou Com essa Saudade Toda Implodindo Em cada poesia Será Que não tem Um jeito Melhor De viver A vida Sem gritar Tanto No coração

ciclone

Me sinto Um livro De páginas Divididas Em capítulos Imagens Narrativas Que por mais Que me esforce Falta muito Pra ser Ainda Me prendo No ter Dando Um nó Corda essa Que estico Bem Quando Encontro O ciclone

o fundo

O fundo Do mar Me chama Pra o mergulho É quando Fujo Da superfície Loucura Por tanto Tempo Nas ondas Descobri A dor  O ouriço Espinho Onde pisei Água viva Me queimou Deixou A cicatriz Na pele Curtida De sol O menino

bairro Peixoto

Bola de gude Gangorra Pega pega Na praça Colorida Cenário De olhares No meio Das árvores Um coração A bicicleta De rodinha Pra não cair Conhecia As feridas De como Se esfolar Os pés Descalços Na pelada Bairro Peixoto

olhar de jiló

O filtro Leva A culpa Das impurezas Estrelas Perdidas A mesa Não pede O banquete E é farta No alimento Pedaço Quando Perco A visão E se de repente O chá é servido Sou a geléia Querendo A torrada A vida É feita De pancadas E cascudos Amorosos Olhar de jiló

sangrando de saudade

Luz Lugar Desejo Fogueira Na praia Uma flor Numa concha Nos pés Une O sentimento Somos  Um pouco Dessa poeira No universo Dentro Quem irradia Sabe onde Encontra O silêncio Aberto Sangrando De saudade

euforia

Sentindo A noite Cair No silêncio Da lua Sucumbir De desejos Antes Escondidos Pelo dia Num sopro Que virou Fôlego Na garganta Seca Tá faltando Muito O que a sede Não pode Descobrir A saliva Desbrava Bem E vem Euforia

tão assim

De que jeito Foi mesmo Que te encontrei Feito galho Caído  Deixando De fazer Parte Olhar Derramado Tentando Se alegrar Querendo Descontar O silêncio Que faz Sentir O coração Tão assim

saia

Desconfio Que o tempo Deixou Tão solto No vento Que só Tive Que ficar Esticado No varal Esperando Secar Da forma Que estou Perco A saia De vez

debaixo da mesa

Difícil Seria Perder O vôo Nas nuvens Eu espalho Escolho Chuva Dos pingos Vão rendendo Numa peneira De sentimentos No chinelo De dedo Prazer Se arrasta Como  Não beijar No teu chão De poesias Vontade  Que não passa Pés Inquietos Debaixo da mesa

um anjo distraído

De discreto Não tenho Nada Vivo Quebrando A vitrine No desejo De ver A ilusão De quem Um dia Soube Amar De bem Perto No colo Da solidão Sempre Um anjo distraído

ser

A tempestade Tem um olhar Que leva varre Poe no lugar O que precisa Vir na pirâmide A bola de cristal Gera a luz Que abandona A escuridão Unindo O sopro Vital Sobre as águas Existe uma forma De flutuar Na essência Dos sentidos O mistério Com amor Se permita Ser

amo teu deserto

Nunca espero Que a fruta Caia Nem que o vento Saiba a direção De espiar Meu coração Dou passos largos E tem quem diga Que são de garça E se me agarro É no sentido De ver O que arrisco Que num grão De areia Me escondo Bem louco Amo teu deserto

sua rosa

Dar Um desespero Te ver assim Tão solta Livre De si E eu Feito Gaiola Louca Dentro Da caixinha Sem saber Como sair E namoro A concha E o que sou Ainda De olho Na sua rosa

gosto de solidão

Não gosta De surpresas Fotos Só na vontade Que vem E vai Num pêndulo Que faz Balançar O coração Tem horas Que penso Será imaginação Esse beijo Namoro Quando Acordo E vejo Na cama Um gosto de solidão

família cigana

Nada de pensar Só abraços Beber Até perceber O chão Lembrar Que somos Uma ponte Dedicar Sempre Um silêncio Inocente Semente Perdido Fico Assim Entre tantos Sentimentos Um ficou Família cigana

eu sou poesia

Detalhe Momento Surgimento Vento Sopro Boca Alimento Nua Vestido Silhueta Meta Preenche Mexe Coração Omelete Mistura Grande Pequeno Prato Talher Sobremesa Pavê Pudim Lembrança Dança Alcança Num beijo Namoro Sozinho E indo Em você Eu sou poesia

fome de amar

Me despedaço Dando  Novas Cores Ao cores Prisma Da natureza Detalhe Onde A saudade Devora E se alimenta Forte Desejo este Que só O mar Pode Saciar Fome de amar

mar de cereja

Do que vem Tenho o teu Sorriso Abraçando O tempo Faça  Sol Ou chuva De quem Sabe Sempre É no beijo Perdido Que me escondo E nos escombros Existe O fôlego Guardado Coração Pulando No horizonte Querendo Ser Completar A sereia E me apaixono Tem dono Esse mar De cereja

coraçãozinho

Só se você colocar Um coraçãozinho Pensando também Nesse sorriso escondido Continuo nas mensagens Perdidas no tempo Como uma garrafa Numa ilha Que navega E encontra Queria acordar Com você Anne Amme

deixando a dor

Um vento leve Roçando na pele Se despede Não esquece E aquece Quem merece E se mete Esperando sem o aquiete Que o beijo me acerte A paciência ferve No alimente  O apimente O calor não mente Na boca a semente E brotar de repente A flor O amor Deixando a dor

adega

O que  Vem No vento Disfarce Tempestade No coração Dilacerando Forte Pedras Soltas Olhar De sangue De tanto Encarar A poeira Fogueira Incendeia A teia Vinho Antigo Adega No sentimento Ouvindo highway to hell  AC/DC

dando beijo no violão

Fantástico Incrível De como Vem Assim Tão Solto Deslizando No coração Num sentimento Bruto  Que vai Sendo Lapidado E jorra Na chuva No sol E o lugar Não tem Destino Dando um beijo no violão

velhos sonhos

Do que tive Que aprender Restou Com alívio Um pedaço De esperança Entre as pedras O que antes era Um castelo Reinou Muitas festas Dos momentos Arrisquei O que não precisava E das cicatrizes Outras feridas Ainda abertas Ecoam no olhar De quem esperou E veio o amor Acalentar No peito Velhos sonhos

aprenda com a vida

Não te disse muito Escolhi o silêncio E o que era maduro Rendeu frutos Virou semente Enriqueceu O coração De caminhos E desejos Inexplicável Mania De sentir Na pele O namoro Do sol Escorrendo No suor Revela Antes tarde Do que nunca Aprenda  Com a vida

tenho ciúmes

Tenho ciúmes Ai que difícil Sentir assim O sangue Esquenta Tá foda Isso Me pego Falando Como você O mesmo Sotaque Tá horrível Admitir Tenho Ciúmes Da gente Anne Amme