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Mostrando postagens de junho, 2021

juízo

De que me faz Perder o juízo Acelerar o coração Revirar o estômago Existe esse quadro Contexto colorido De nuvens fortes Trazendo tempestades O furacão tem a força Do vento invisível Que arranca Por sua vez Que assola A solidão Insistente Sem dúvidas Um calor No peito É tudo Que sou

gaivota no coração

O que me acalma Não vem do silêncio Nem das ondas De um barco A vela Lembro Bem do leme Namorando A âncora E um olhar Fixo No cais É bom Te ver Pousar Feito Gaivota No coração 

venha cá

Contagiante Abraço Olhar vago Em silêncio Machuca Sem ver A saudade Alimento Natural De se pegar No vento Quando bate Forte O medo De encarar O abismo Sem ponte E mergulhar No coração Pedindo Um sorriso Venha cá

sereia cigana

Os dedos Se encostam Na areia molhada Um jeito de passear Sentir a gaivota Solidária namorar Pelas ondas E a gente Se arriscando Em olhares E mergulhos De encontros E nossas conchas Sendo escolhidas No sabor da brisa Namoro forte O teu silêncio Sereia cigana Anne Amme

existe você

Me perco Quando sou Um impulso Esqueço O arco Só penso Na flecha De quem Esticou E atirou E com vontade Acertou Em cheio Num coração De saudades Existe você

VERNIZ

É um verniz Na pele Chega Dar Arrepios No vento Numa terra De sementes A espera Do fruto É quando Ouço No escuro Maduro Olhar Sabor De sol Ao longe Fome  De outras  Vidas

roucas manhãs

Quando dorme Fico num olhar Buscando  Uma música Esperando A dança De quem Completa Muito bem Quase Enlouqueço No desejo Nas roucas Manhãs E caminhadas

o teu silêncio

Numa memória guardei Deixei quase praticamente Emperrada de tão cheia A gaveta de tantos sonhos Não tinha como perder O sorriso além da foto E praticamente fiquei Preso como explicar Nem desenhando Eu soube mostrar Que nas areias Estavam as conchas Detalhes do amor

detalhes do amor

Numa memória guardei Deixei quase praticamente Emperrada de tão cheia A gaveta de tantos sonhos Não tinha como perder O sorriso além da foto E praticamente fiquei Preso como explicar Nem desenhando Eu soube mostrar Que nas areias Estavam as conchas Detalhes do amor

a dor do prazer

Pra descascar Fritar sentir No óleo ferver Fazer o dever Sem rascunho Misturar Deixar  No fogo Baixo Que a língua Agradece A pimenta O caminho De se morder E ganhar  A dor do prazer

nunca é tarde

Sou esse Alvoroço Escorraçando Sem pena A tristeza De qualquer Lugar Que queira Se esconder Não tem essa De não ser Nada pessoal É pessoal Que venha A luz Onde ainda Não habita O amor Que venha Nunca é tarde

silêncio no coração

Fiquei diante A um espetáculo De fazer os olhos Brilharem na escuridão Então veio A tristeza Galopante E por meus pés Bem no chão Numa lição Forte nas mãos E deixar ir Sem segurar A saudade O vento Não calava Só namorava O silêncio No coração

yoda

Estou Dando Bobeira No beijo E na flor Que desabrocha No vôo  Do pensamento Não preciso De asas Pra saber O que ver Nas nuvens Como chuva Escorro Em lágrimas Pra lhe dizer Venha Sem pressa Dentro Um do outro Somos Yoda

lugar cigano

De que lugar Você veio De que lugar Esse sonho De que lugar Tudo acontece De que lugar Nasce o sentimento De que lugar O sorriso encontra De que lugar Vida ou tempo De que lugar Mesmo eu sou Lugar cigano

luz e amor

Minha vida  Se resume Nessa janela Que chamo De olhos Nesses pés Cheio  De pegadas Que chamo De asas E essa chama Que arde Pula No peito E sai na boca Que chamo Quer saber Chamo mesmo De luz Alguns chamam De amor

queijo bola

Na beira Do asfalto Me encontro Me sinto Esburacado  Jeito queijo bola Sendo Derretido Num olhar Aceito As boas notícias Deixando o peso Voar Como asas Ao vento Aprendendo Com a dieta Do amor

tô grávido

Estou Muito Profundo Superfície Longe O amor Pedras Muros Lágrimas Arrancando Raízes No coração Detalhes Na janela Raios de sol Vou  Me debruçando Num beijo Vontade De queijo Tô grávido

em ser poesia

Não existe  Esquecer Quando Se ama Um desfile De pensamentos Maratona No coração Se é feliz Só de respirar Sentir O mar E a montanha Namorando Num vale Onde me encontro E insisto  Em ser Poesia