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Mostrando postagens de agosto, 2020

namorando você

Sabe Quando Se percebe Que nada Tem valor Estando Preso E nem Assim Deixa De se amar A gaiola Ensaio De vida De que Adianta Tantas Janelas E portas Se o que Te chama Atenção Se perde No coração Nesse mar Tem peixe Uma ilha Um olhar Namorando Você

você é meu café

As vezes Fico De costas Não vejo O que tá Tão próximo E se demoro Deixo esfriar E o amanhecer Se revela Na janela Distraída Uma luz Atravessa O sentimento Simples No teu olhar Escuro Tua essência Sempre Me acorda Com muito Amor Você  É Meu café

respiro com você

A pele Sente Não rodeia Vai direto Aconchega Quer colar Suar Na dança A dois Que seja No ritmo E compasso De melodia Que faz Ficar Inquieto A cada encontro Que venha a luz No coração Dos que amam E doam Como alimento Vibre  Atinja Não finja Chore Solte Desate Respiro Com você

vem pra cá

Vem pra cá Fica apertado Cabe você Meio de lado Espremido Num quadro Jogado Um aviso Susto Arrependido Joelho Esfolado Ralado No chão De tantas Dúvidas Veio A melhor Nesse furacão Sem fim Você

pode ser

Olhe a cachoeira Segure o mar Faça valer O passeio Na ponte E o que te faz Brilhar acontecer Lhe dê pés raízes Asas corações E o que mais Precisar Na vida Ninguém ilude A cicatriz ferida Sem conhecer O encontro E a despedida Tô mais perto Que o sorriso Do sol E o beijo Da chuva Deixa Eu molhar Um pouco Desse sentimento Dentro de você Pode ser

rodeio

De quem Abandona Ao relento A tempestade Atravessa Penetra Invade A pele Temperatura Impressiona Emociona Na órbita Sincera Ilusão Vida De peão Somos Todos Um rodeio

tão só

Vem Que estou Tão Só Nem disfarço Não existe Dia de sol Ou chuva Nuvens E lua Estou aí Pra o que Der e vier Viagem Maluca Delirar Deixa O suor Escorrer Eu saber Conhecer O delírio Da lambida De cada Poesia Em você

tempo

Quem não  Ouve A melodia Acha maluco Quem dança Assim É o tempo De plantar Colher Observar Bem mais E agir O tempo Nunca Te dará Tempo Pra perder Acredite Ame Enquanto Há tempo Acredite Seja Mude A tempo Tempo é vida

cachaça

A alegria Transborda O arco íris Nasce Pede Passagem Chuva Sem secar A emoção Inundando Por onde Passa Vem A dança No olhar Do que  Tanto Fala E alcança Tão bem Impossível Não namorar Profundamente Teu corpo sonho A poesia É minha Cachaça

provo você

Desde de já O chá  Vem  Na fusão Esfumaçando A lente Clareza No olhar De um sabor Assim cheio Encorpado Na essência De muitas cores Veio das folhas Raízes temperos Eu solto O coração Quando Provo Você

é de longe

É de longe Que te vejo Passar No tempo Atravessar A janela Sem enganar O pássaro Num esconder De olhares Aterrissar Conhecer Pousar Nas mãos Sentir No alívio É importante O silêncio Que não rema Nesse mar

gotas de amor

Abri a boca Na chuva Pra sentir O gosto Da vida Nas nuvens Deu  Pra descobrir A maravilha O trono A majestade Descer Na cachoeira Tantos  Pensamentos Enchente O que Não se prende Gotas de amor

furacão sem fim

Vem pra cá Fica apertado Cabe você Meio de lado Espremido Num quadro Jogado Um aviso Susto Arrependido Joelho Esfolado Ralado No chão De tantas Dúvidas Veio A melhor Nesse furacão Sem fim

fora e dentro

Preciso Muito ver O que está Lá fora Mesmo que todos Digam que tudo Que preciso Está dentro O espelho Parece ter Tantos lados Ângulos Que me perco No ser E me iludo Com o ter Nunca Abandone O coração

com você

Só foi Pra te Soltar Sentir O vento Lamber Criar Asas Namorar Dar  O brilho Sorrir Entre Um eclipse E outro Com você

tratando-se

Se fosse Pra liberar O que a mente Prende O coração Entende Que nada Faz falta E condiz É simples De ser viver E complicado De se sentir Tratando-se De você

consciência

Da alegria Vou tecer Despir O medo Pedir Bem No cantinho Do sol Que deixe A lua Descansar O que Me arruma E bagunça A consciência Do ser

dentro de você

Quero me acabar Dentro de você Me debruçar Ver navios Perder a âncora Namorar o cais Sentir O tronco A tortura O chicote Estalar No prazer Dessa vez A música Tá alta Pode gritar A trilha sonora Agradece

capim

Capim novo Lá no fundo Nas raízes Arrancadas Namorando A terra Dando O alimento Onde  Nada Nasce E insiste Ficar Lembra Que deixei Uma rosa E tirei Os espinhos Do coração

apetite

Se esqueci Na mesa Foi a tristeza De ver Que o prato Ficou vazio Sem jeito De sobremesa E só me resta Esperar o que era Aperitivo aguardente E não é que virou Um apetite Enorme De você

aplausos

Se desespero Não espero Feito colisão Teatro doido Sem palco E bastidores Roteiro livre Ninguém ilude O coração O medo Nasce Dos aplausos

minha fogueira é você

Adoro Quando Sua mão Pousa Na minha E tenta Encontrar Sem jeito Onde Pode Tocar Sem Perder A música Que faz Brilhar Teus Olhos Como Estrelas Minha Fogueira É você

sede doida

Sabe quando a sede Desperta anima E o quero mais Atinge tinge O horizonte Quieto Num desejo De surtar Sem abandonar A solidão Tem dias Vão de sonhos A pesadelos Feito rio Que desagua Vivo aprendendo Com esses sentimentos

chiclete

Chiclete Vontade De colar Sentir O vento Solto Na pele Acariciar Beijar Velejar Perceber A maré Tesão De arrancar Melhores sentimentos Você Na praia Grudar

um pouco de sol

Aqui há dragões Um novo mapa Quem está Aderiva Alimenta A magia Da liberdade De esculpir Entre as nuvens Um pouco de sol

olhar de rio

Dessa janela Se abre Asas Invisíveis Insano Visceral Selvagem Tem jeito Que não quer Nada E tudo  Observa Tem a marca Do infinito Quem encara Não se esconde Do que  coração Escolhe Olhar de rio

antes do sol

Tive medo De perder A paisagem Acordei cedo Buscando ver Onde se escondia No horizonte O detalhe Quem antes Do sol Namorava A lua

verso mudo

Tenho o verso mudo Abajur absurdo Que não me deixa Ler nas entrelinhas Peço desculpas A lua cheia  No encanto Das sereias Liberto sim Todo sentimento De que vale O decote Entre o vale Da emoção Bendito ao fruto Seduz

eu chamo cafuné

Parece um tesouro perdido Que nem cavando Se encontra Que ilha é essa Que faz cócegas Pedindo tanto Tanto carinho Passarinho solto Rebelde no ninho Que só amansa Num golpe fatal Não quis dizer embaixo Mas bem em cima Nas nuvens Quando eu ganho Começa na nuca Eu me chamo cafuné

sardas azuis

Me faz Muita falta Saber Que desconhece Que a semente Cresceu Que de cada flor Vem o fruto Bruto Com a corrente A maré Beijando Os pés Bom de namorar As ondas Guardadas De quem Não larga O amor  Sardas azuis

meu tempo bom é você

De um pouco Sentir Passear Fragrância No jardim De tantos Olhares Num mar De pétalas Colorir Florir A beleza Tem pra mim Que descobrir Tem gosto sabor Amor na língua Derretida No óleo Que sai Da pele Que nem De nome Precisa Meu tempo bom É você

que se esconde na solidão

De que vale o susto Sem a surpresa Leveza do inesperado Criativo momento Da garganta presa No silencioso sorriso Arrisco que dessa vez Namoro você Nem que seja Debaixo de muita chuva Pra limpar o sentimento Que se esconde na solidão

fuso horário

Estou distante do que já fui E para descobrir me encolhi Sem acreditar no que iria acontecer E num varal de palavras enxuguei Esperei o sol secar e conhecer Qual cor dessa vez seria o caminho Horizonte beijo desperdiçado E continuei desejando Querendo manteiga de cacau De tão seco que estou nos lábios Ressecado de saudade Eu vivo atropelando Você dentro de mim Fuso horário

abrir você

Que gosto tem a chuva Nunca pensei sobre isso Talvez seja o momento De olhar as nuvens E sair do sonho E perceber que vale a pena Incluir a saudade como repouso Louco perdido no cafuné Me dizendo onde foi parar O travesseiro macio  Que no olhar demorou Para abrir você