Do que A liberdade Me disse Restou Um pouco Nas mãos O cheiro Do suor Abraço Forte De arrancar Arrepios Nesse mar Ninguém Do amor Se salvou Eu me chamo anzol
Não é tão simples assim Beijar o horizonte Sentir o fôlego Da vida seguir Num ritmo De um barco A vela E ancorar No sossego De um cais O quebra cabeça Tem pedaços Livres do encaixe E só servem Pra dar sentido A quem espera Na tempestade O desafio De se libertar Um casal De ciganos
Saudade Difícil De descrever De quem ver O que muda Fruta no pé Do hábito Vem o beijo Natural Quem é Respira Na flor Pólen Vida Amor Me aquece o coração
Do que adianta Fugir do sentimento Evitar o por do sol Não olhar as estrelas Do pouco que sou A lua nunca abandona O silêncio que busco Pedindo paz de espírito Ouso gritar espernear Abrir a vontade De entrar sem chave Ou pular a janela O desafio é viver Responder O que ninguém Perguntou Que venha Nossa vez
Detalhes São assim Devoram O observador É quase Um congelar De sentimentos Um iglu de solidão Pra derreter E namorar Um iceberg Só na disposição Um beijo De esquimó Faz falta Nesse nariz Não tenho dúvidas
Na delicadeza Pra despertar No que se mistura Pura alquimia Vale o instinto Que virou sonho Lembrança No sabor Um passeio De janelas Abertas E encontros Desde já Tenho A impressão Sempre Dejavu no olhar
Tive Provas E exemplos Machucados De tanto cair E despedidas Inesperadas Surpresas Soltas No vento De quem Sobrou Esqueceu O fôlego No olhar A música Salvou A alegria De dançar E colar O melhor Está vindo
Tô distraído Perdido Decote E ilusão Debruçado No colo Da solidão Alcanço O silêncio Boquiaberto No fôlego Surpreende No retalho A linha Encontra O que precisa Tirando o vestido
Me faz Um dengo Na lenda Das paixões No vento Deixa O suor Revelar O perfume De mulher Quem quer Não perde Nunca O tempo De ser No muro O desejo Ficou Marcado E tem Seu nome
Ninguém Do que sei No desejo Esperei A flor Abriu A pétala Soube O segredo De namorar O orvalho Em gotas É difícil Escolher O caminho Do coração Talvez o sorriso ajude
Fiquei triste Sem saber O que fazer Malabarismo Sabor de briga Conflito no jeito De ser e falar Dói muito Rasgar Descer O orgulho Num filme De vários Mergulhos O que sobrou Virou fôlego Como amar O que não tem Sorriso de sol E beijo de lua Fiquei triste
Já deixou Alguém Te amar Conhecer A ferida E cicatriz Olhar No fundo Do poço E subir Sem asas Na vida A flor Tem o perfume Original no jardim Você Sabe Quem Plantou
Tenho Insônia As vezes Por pensar Em coisas Sem sentidos Olhar a multidão Calada sem chão Rumo sem sinal Engarrafando Os cruzamentos Sem gritar De que sonho Mesmo preciso Acordar ensaiar Nesse palco Onde ninguém É de verdade Desse amor Em fragmentos
Não me prendo Ao teu passado Espero o presente Que só vem Na chuva De sentimentos E transbordam Viram enchentes Sem barreira Que fronteira É essa Onde estou Tem nome O que vejo Claro que sim Namorando o tempo
Nas águas vi O espelho Reflexo Mudar O sentimento A correnteza No humor Navegar Sem leme No silêncio Da coruja Um luar Jeito De namorar O mistério De muitas lendas Cenas momentos Em que a fogueira Falava queimava Muito no coração
Pés molhados Sem pressa Na maré Dos desejos Lábios Sedentos Libertando Os sonhos Da concha Veio A pérola Brilhar O que será Que tanto Faz a gaivota Nas ondas Menino do Arpoador
No que ficou Distante olhar Abriu-se a porta A travessia O farol Na brisa O sonhador Pede passagem Nos recifes Perigo De se amar Sem a âncora Livre Beijo Na praia Maré Outro cais
O jardim Não é feito De uma planta Só Semente São os filhos No beijo Da natureza Crescente É o amor Na trilha De lições Os desafios Serão Os melhores Exemplos Pãe
De cabo a rabo Não acho não Inteligente onde Tá escrevendo Ou gravando Só há uma coisa Bem no meio Que não pode Faltar nunca Homem esperto Faixa de Gaza Colírio Pra meus olhos Fechados Imagino Não vou Conseguir Mudar Quero Me afogar Nesse beijo Boca a boca Anne e Amme
O que habita Tão profundamente E traduz bem O destino Engole No asfalto De buracos E na coragem Da atravessar A vida Encontro Esquinas E becos Que tornam As paisagens Miragens Ilusões Fumaça Na xícara De café
Pega no pé Não larga De mim Isso É o que Mais quero Grudar Chiclete Melado Acredite No chulé Perfume Que mudou De nome Destino Nas nuvens Que muda No olhar De quem Ama
Vamos Printar A tela E manda Tô penteando Os cabelos Me olhando No espelho Se eu Falar Pra você Tô rouca Acho Que tenho Um motor De quatro tempos Que pena A ligação Caiu No clima Deu tempo Anne Amme
O atrevimento Não fala baixo Sobrevoa O beijo perdido Fica nas mãos O toque de pele No inesperado Sentimento Tem o calor Que no frio Não esquece É permitido Se fosse Na língua Lamber O pensamento Seria o melhor Momento Pra te encontrar Vem ser Meu por do sol
Foi na ilusão Que encontrei O conforto A sorte Da canção Do prato cheio Implorei a sobremesa E no que seja A certeza Cereja O conflito colisão Chá e fusão Espero esfriar Abocanhar O sentimento A cachoeira sabe Que o rio continua E a correnteza Tem a margem Como desejo
Desejei E fiquei Nas nuvens Esperando O momento De despertar No horizonte A fonte Ver Que cheguei Deixando Pegadas Trilha De emoções Fazendo A vida Ser Um lugar Melhor No coração Precisando De um abraço Cigano
Estive pensando Se eu fosse sóbrio Teria a sombra E a coragem De descansar Esquecer Na memória A tortura Que é Te amar Em cada viagem Janela perdida De paisagens Na ponte Onde cai Sempre Um namorar De muitos Suspenses No fone
Pensativo Cabeça No ar Nem o pescoço Segura de tanto Vento Torto Que não sai Na curva Tortura Faz cócegas Vou soprar Pra ver Se afasta A saudade Vem namorar Meu coração Ou preciso Gritar
De uma sensibilidade Pura genuína legítima No teu vôo horizonte Pássaro Na curva do mar Um olhar Beirando a imaginação De um silêncio forte De quem sabe Que tem Muito mais Pérolas no coração Atingem em cheio Acredite Viemos Com amor Ninguém é espelho De ninguém
Nas engrenagens Existe um túnel Temido escuridão Alvo incerto Quando se escala Sem pressa A trilha do coração Não se amarra Nem se prende O fôlego E se preferir Brindar Espere Na mesa Vazia O que se fazia Além Das palavras vazias Muito amor
O sol ardente Esfola a pele O couro Fica Vivo Ancestrais No tronco Dores Infinitas No coração Me visto De tudo E não Consigo Esconder Mexer Lá No fundo Do mar Eu sou Tuas Mãos Poesia Na praia África
De onde vem Que não são Águas paradas O sentimento Desliza ignora Os poros O mergulho Nunca diz O que mais Será Que quero Sair Desse aquário Transparente Olhar Peixe fora d'água
De que vale Um sonho Sozinho Na cama E uma multidão De sentimentos Nus sem nada Pra vestir Mãos dadas Que doem Nos lábios Calados Anjo sem Asas Qual direção É mesmo A do amor
Anoto Frases Que não ver Momentos Soltos Nascendo Silêncio Nas pausas Muitas músicas E me atiro No chão De joelhos Já pensei Em nunca mais Devolver O que faço Quando somos Um só coração
De encantar coração Entregar a alegria Fazer do entusiasmo Um gesto de amor Uma música No olhar Que desperta Por onde Passa Diz logo De verdade Como esse Tesouro Ficou Tanto Tempo Escondido No sentimento
Sabe Do que Mais Sinto Falta É de comer Com as mãos A manga Teimosa Bem No pé Na sombra Da estação E me esticar Na rede Preguiçosa Das tardes Se tem Nome Isso Não sei Lugares no coração
Flor oculta Por toda Parte Espinhos Cacto Só acho No pedaço Do que foi Será Que cresce Ou o deserto Levou Nas dunas A canção De um oásis Uma miragem Cigana Na dança Do ventre
Beijo no pescoço Faz soluçar Criar coragem De mergulhar Mesmo sendo Raso no olhar Desse mar Conheço A maré De se sentir Tão só No amanhecer Quando a lua Se despede Vem De novo A nossa saudade
Tentando passear No sonho caminho Destino escondido De se esticar Fazer o rumo Ser mais Que as palavras Detalhe Que não sei Onde foi parar O sorriso Do vento Quem sabe A chave Não precise De uma fechadura No coração Suas pernas
Tempestade Dar medo De quem Ousa Amar No olhar De varrer As folhas No caminho Do que ficou Espalhado Além do chão Ninguém diz Que tem mais Vidas Do que um gato
Tem caminhos Onde o espinho É a oportunidade Conselho sincero Que vive pousando Fazendo ninho No coração A escuridão A espreita Sorrir Como borboleta Se finge de casulo Pra que não se veja A lagarta Quem brinca Conhece a dor
Vivo perdendo Os sentidos E talvez O que busco Tenha que sair Do sono Abrir A caixa Da vontade Que anda Um tanto Enferrujada Tenho perdido O melhor Quando estou Distraído Na cama
Pétalas Soltas Ao vento Um olhar Todo silêncio Se faz Num sentimento De unir Que lugar É esse Que o pires Não suporta A xícara E transborda Antes de se beber Sem amansar O coração
De que Tanto Fala Coração Que fora É tão Calado Silêncio O que Me traz De longe No vento E pousa Na folha Distraída Sentida Não sou Daqui Só estou Aqui
Tive recordações Verdadeiro instinto Desbravando a mente O mergulho namorou Forte o abismo Se fez ponte E cada vez mais Vejo que é preciso Que crescer é mudar Se fosse possível Daria ao tempo Outra ampulheta Pra areia escorrer Conhecer melhor Outros caminhos Sentimentos Quem sabe Seja o amor
Te quero Demais Na sombra No refresco Fugindo Do sol Nesse verão Me completar De suores Sabores Cores Vestidos Silhuetas Transparentes Mostrando As aparências De quem sabe Te esculpir
A porta Bateu Forte Era O vento Solitário Uivando Pra chamar A atenção Ensinando Sem prender Com as mãos Soltando Cada página Do livro Sei Que você Me ler Em silêncio
Por onde Anda A dúvida O jeito Certeiro De acompanhar O passeio Solitário Desencontrado Orla De paisagens Olhares distraídos Silencioso Amor Das manhãs
Pensei Que fosse De graça Essa saudade Que não descola Do sentimento Escola De lições Inacabadas Ainda vou Descobrir O jeito Melhor De namorar A vida Sem sofrer
No calor Da emoção Que me derreto Exploro O coitado Do desejo Já de pernas Bambas Cambaleando Se segurando Como dar Será Que dou Conta Do que Você Mais Quer No sorriso da cigana
Não faltou espelho Cuidado na aparência Nem assim sentiu Falta da presença Erosão talvez Esclareça a mudança Que todos somos Capazes de ser Convencer Nem chega Perto Do silêncio O sangue Ferve Quando Se aproxima Auto estima
Nada ficou fácil A ausência nasceu Do equilíbrio A ilusão Numa balança Que arranca Tira o sentimento Cru nu De se está A respiração Alcança a dança Que faz o coração No silêncio abandonado De cada solidão Estou entre Uma ponte De quem Viu A entrada E saída Tenho sede Eclipse no olhar
Vou De mansinho Quieto Encarando No cantinho Do olhar Bem perto Sim Quase Todos Os sentimentos Livre Na mesa O cardápio Misterioso Cheiro Nome Estranho Strogonoff Delicioso Já dar Pra imaginar A sobremesa Um delírio Petit Gateau
Sensação De que nada Passou Que tudo Ficou Acumulado Somado Em algum Lugar E cada Vez Crescendo Mais Do que Os olhos Será Uma semente Essa tal De experiência Na vida
Difícil Não olhar Deixar De sentir O mar Imaginar Que seria Possível Tocar Roçar Nas espumas Explosões De tantas Ondas No desejo Que só Faz crescer Abusado Sentimento Que devora Apavora Quem Foge Do amor
Saudade Da jujuba Colando No céu Da boca O caramelo Era pior Um sacrifício Grudento Como fiapo De manga Dançando Entre os dentes E outros tantos Desafios gulosos E o destemido Olhar faminto O famoso quero mais
Delirar Soltar Só sei Que nada Disso tem O que num dia Já tive E virou Poeira E olhando As constelações Um mar de estrelas Não cabe No teto Escuro Noites solitárias
O beijo Faz falta Assalta O sentimento Salada Liquidificador Bom De misturar No tempero O humor Apimentar O paladar De quem Já soube Amar A solidão Muitas curvas
De quem insiste E vive despindo Na roupa velha Tantos preconceitos Trocar a vitrine Deixa triste O espelho Coceira estranha Asfalto duro Sentimento E sensação Horizonte Doido Pra me espatifar No infinito Perder a língua Babando na fronha
É do palhaço Que distribuo A graça Alegria Dos detalhes Que deixamos Escapar Pérolas Soltas Ao vento Que só percebo Quando ouço O eco Do que ainda Sou E me completo Na busca Desse olhar
Nunca Parece Longe Demais Doloroso Com o tempo Não acredito No que não tinha Que ser Vejo o destino Feito estrada De nuvens Que ouso Soprar Dizendo Ao coração Se descubra Isso se chama Vida