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Mostrando postagens de julho, 2021

a dois

Nunca pude Ficar muito Em silêncio Admirando Tua pele De ondas Um namorar De aquecer Merecer Teu beijo De horizonte Um cafuné Imenso Na solidão Do teu olhar A dois

tô te beliscando

Do que já percebi O arrepio acelerou De um medo De não conhecer O momento  De ver A nuvem Espalhar No céu Teu jeito De fazer Sorrir Deixar O triste Ir Será  Que encontro O que tanto Te faz  Feliz No coração Tô te beslicando

ferro

Do que me leva a crer Que nunca perdir A vontade E por mais Que reclamasse Relaxar não tirava A ansiedade absurda Do mergulho No choro Quieto No canto De cada sentimento E só  Digo sempre Quem passa A roupa É o ferro Não o ferro Em você

ninguém

Não tenho  Ninguém Onde será Que posso Chorar Ficar Quieto Sentindo O silêncio De cada  Palavra Que não Sai Uma cachoeira Perdida Buscando O mar

tua praia

Do que já fiz Não me recordo Do feliz manso Abrindo o horizonte Sem nuvens Vendo a gaivota Voar nas ondas Pra simplesmente Beijar o alimento Um sentimento Que acompanha No fundo Do coração De que não precisa Mais correr Encontrou Tua praia Nesse olhar

onde foi parar

De quem Já viu O dia Sorrir E chorar Onde foi  Parar Encabulada Nuvem Me diz Onde Foi Parar E porque Todos Correm Tanto A procura De tempo Onde foi Parar Se a ampulheta Escorre sem pena Nas areias da ilusão Onde foi parar O amor

jiló e chocolate branco

Da teimosia Veio O namoro Do suor E caminho Das pedras Desafios Nada simples Faziam valer O que tanto O horizonte Esconde Assim nasceu O encontro Dando frutos De outras vidas É do jiló Ao chocolate Branco Esse amor

despiu no coração

Ao certo Não sei Se dou Mais Importância A areia Ou ao castelo Quem sabe A maré Consiga Namorar O que muda E fica Descascando Na pele O que o sol Tirou Despiu No coração

beijo no vento

Não consigo Mais Me esconder Tenho  Que buscar Revelar Quem Eu sou Descobrir Parar De dormir E acordar Sem cair Da cama Por os pés No chão Onde mesmo Devo me acostumar A sentir O teu beijo No vento

me misturar em você

Devorar Ver A farofa Sem distinguir O que veio Dessa vez Bem diferente Se não fossem As meninas Dos olhos O que seria De mim Nessa vida Louco Pra me misturar Me misturar Em você

o teu coração no meu

Me convide Pra dançar Mergulhe O sentimento Encoste No ombro Um jeito De encontrar Não se distraia No engano Da vitrine Mais linda Ainda Escuto O eco Que faz O teu coração No meu

meu coração

Não tenho Onde pousar Quando Penso Em você Tudo Parece Fugir E esqueço Do chão E por Tão Pouco Me prendo A canção Feito rádio Sem pilha Eu sou Minha bateria É teu olhar Quer experimentar Meu coração

libanesa

Tenho Sardas De paixão Das ondas No amanhecer De uma maré Que me levava Além bem além Desse mundo De tantas Tantas vitrines Máscaras Que bom Me tirou E veio Brilhar Pérola Libanesa

coruja

Será Que um pouco De champagne Fará Borbulhar Lá No fundo Irá Derreter O que se  Congelou Na saudade Como vou Descobrir O que tanto Fala Em silêncio De quem vive Pendurado Nas noites Olhar de coruja

um olhar no coração

Me lembra Uma nuvem Que passa E esquece De chover E por mais Que implore A boca fica Seca sedenta De um jeito De fazer Qualquer  Sonho Virar Um pesadelo Quando Não consigo Te encontrar Será que tenho Como desejar Um olhar No coração

coqueiro

Um beijo Que contagia Deixa O frio Pra trás Uma outra  Estação Sem pena De sorrir Me assusto Quando Deito Na rede E sinto O coqueiro

é difícil

É difícil Ver Uma pluma Pousar No inquieto Vento Um sopro Que vai Além Do fôlego Encarando A ladeira Um silêncio Repleto De sentidos Nada acomodados No sofá De tão pequeno Esse aconchego Meus pés Ficam de fora Pendurados Parecem Voar Pra outro Lugar

distância

De que Me vale As manhãs Sem o teu silêncio Vôo pássaro No olhar Passeio Das mãos Se mexendo Tentando Alcançar O coração Estou bem Debaixo Do teu sorriso Não existe Distância No amor

frio

A boca pede Na sede vem O que se engole Muitas vezes Sem mastigar Pedindo colo No caminho Um ninho Abraço De se chegar Mais junto Num olhar De tirar O frio  Me tira O frio Do coração

enamorados

A gente Se ler Fica Bem íntimo Esqueço De tirar A roupa Tá com medo Não tem resposta Me completa Com teu silêncio Te quero numa dança E quem dança É o cigano Nesse olhar Enamorados Anne Amme

no pé da floresta

Difícil de perceber Em qual momento Vem o abrir  Dos olhos Vagueando A escuridão Uma brecha De luz Pairando Nas manhãs Esperando Quebrar O silêncio Num jeito Simples De ser Nascer No pé Da floresta