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Mostrando postagens de agosto, 2021

freguês

Freguês - Blue Pra que Me quer Por perto Se não Me abraça Nem beija O que sinto No silêncio Do olhar No choro De uma janela No cantinho Da cortina Como esconder O que de outra vez Outras vidas O mesmo coração Somos o elo Eu sou Teu freguês Na vida Zé Américo Azul

platéia

Do que descabela Perde a franja Quer o corte O vento espalha Fico sem graça E me amarro Na peruca Da ilusão O namoro Bem no colo Da emoção No banco Da praça Ainda existe O palco De um olhar Que atrai Só quero Você Na platéia

você em paz

Da janela Vejo as folhas O vento quieto Notebook brilhando Um jeito de sentir O que cada um faz Alguns choram De tanto sorrir Pra um mundo Onde a fantasia Não tem lugar Nessa busca Encontro você Você em paz

açougue

Quem muito agrada Só pede elogio Se contrariado Revela a escuridão Onde o sol se esconde Em nuvens de ilusões E todos parecem ter E ser de razões De lógicas castelos De concretos E sentimentos Esmagando A intuição Que só cabe No espelho Da consideração Num gosto De sangue Na boca Pronto Pra virar Vários Bifes No açougue

abismo

O abismo Reconhece A ponte O paraquedas Esconde  A aventura O desejo Está No prato O calor Mergulha Na pele A tristeza Vive Em casas separadas Uma prisão Aberta De muitas vidas

do teu sorriso

Ninguém lembra Da criança chorando A solidão sem abraço Tornando um dia de sol Chuvoso no coração Do tranquilo passeio Virar um pesadelo Tempestade de brinquedos Que cresceram e ficaram Grandes demais No pensamento Se fosse enxugar Diria a lágrima Na flor do momento Pra que seja Uma toalha No amor Do teu sorriso

mel

De que jardim Como te encontrar Uma semente assim É difícil de se ver Os olhos derramam A saudade sincera Aquela flor Chama A abelha Me perco No tempo Cheirando A alecrim Quer ser Meu mel

engolindo em seco

Cinzenta  Nuvem Chuva No olhar Um telhado No céu Cadê As estrelas Um dança Alcança O tambor No coração Como se fosse Parar de bater De vez Na boca Engolindo em seco

shopping

Lugar estranho Pessoas aéreas Recanto sem flor Artificial aroma Flor escondida No coração Sobre a pele Outra pele Sentido Pra que Luz esquecida Sei seu nome Quando fica Em puro Silêncio A abóbora Perde A carruagem Fantasia De viver Shopping

destino cigano

O que incendeia Não queima Nem vem Do calor Da vontade De ver A chama No horizonte Acender Como um farol No silêncio Inquieto Da ondas Ouso sentir Tua voz Respirar Destino cigano

imaginei o amor

Nada Nessa vida Tem valor Quando Existem Lágrimas Imperam Desafios Que parecem Eternos Faça Chuva Ou sol Somos Como nuvens Na lei do vento Por um momento Imaginei O amor

maçã com canela

No toque Dos dedos Um arrepio Sincero Na pele Passeio Sentindo O que faz Cada olhar Um calor Que sobe Muito Quando O chá Esquenta Nos peitos Tem Seu gosto Maçã Com canela

lábios da vida

Num papel velho Vi a chuva desmanchar A memória em lápis Um filme longo Personagens Criativos Humores Vários Num olhar Sobre a mesa O café resiste Em silêncio Esfumaçando A lente  Dos óculos Lembro Que nem sempre Alcanço Os lábios da vida

inverno

Do tranquilo Guardo  O momento Um passeio Batendo No rosto Um suave Vento Um colo Quieto Na espera De trazer De volta O brilho A falta Que faz O teu calor No inverno Eu me perco Na tua estação Favorita Nem tomo Banho Em paz

gaguejando

Corri No sono Perdi A caminhada Os pássaros Sorrindo E as vezes O silêncio De quem Pede Outro bolo No café Dando Uma alegria Genuína Um namoro Que faz Desse mundo Um lugar Tão pequeno No coração Gaguejando Na vida

abraço

Vou Te contar Um segredo Pois é Também sou Escondido Na árvore Da vida E são  Nos galhos Que brotam A amizade De lhe dar Tantos frutos Saindo Das raízes Do coração Num encontro De estalar Um beijo Forte Pelo universo Será que resisto Ao seu abraço

puro amor

Seria simples Se a aparência Deixasse Ser visto No que os olhos Vão descobrindo Irradia Na pele Dos sentidos Arrepios Sinceros Deliram Permitindo Que o encontro Afaste a ilusão Teu tamanho Me engana Muito Puro amor

desamarrando a vida

Deixei escapar Esvaziei A dor Nem assim Encontrei O tempo Fugiu Nem olhou Pra trás A dança Pediu nos pés A mesma dança Me ensina O que não escuto Mais no coração Desamarrando a vida

refém

Escuto Tua voz Bem lá Dentro Batendo No peito Um beijo Em cada pétala Tem o teu cheiro De estrela sabor E quando Me esparramo Na grama Vejo Que o teto Está além E sou  Refém Desse amor

olhos inchados

De tanto Esconder Cutuquei Deixei A flor da pele E na panela Da vida Passei Do fundo Ao ponto De queimar Tudo E não  Largo Mão De te ver Assim Sempre De olhos inchados

não

No impulso Do amor Ganho A trajetória O espaço Invisível A flor Perdida Em muitos Jardins O beijo Sabe O caminho Absurdo Que é Viver Sorrindo Mesmo Que todos Digam Não

namorando a vida

Quando digo Que faz falta É que o caminho Fica sem sentido Nas asas Do horizonte Um vôo Simples Vive Habitando No coração De vários Sonhos Acordados Muitas vezes Me sinto Uma persiana No olhar Vontade De me abrir Mais Nessa ilha Namorando a vida