De que lado Blue De que lado O sol se põe De que lado A lua vem De que lado Nasce o coração De que lado Busquei sentir De que lado O rio conhece o mar De que lado Dei o meu melhor De que lado
Ogro Blue Uma decisão Difícil Uma vida Inteira Em poucos Versos Lágrimas Perdidas De inspiração Num rascunho Que não conhece De verdade O papel Amassado Com uma letra Sem tinta Pra lapidar O sentimento Ogro
Descabelado Blue Quando Tudo Parece Fugir E no último Momento O impossível Acontece E entrego De bandeja Um olhar Que revela O amor Tem como Não amar Teu jeito Descabelado
Olhares distantes Blue Tenho A clara Impressão Que o quadro Parece Cair Da parede Inclinado Com o tempo Que o prego Cansou De segurar Insistentemente Para agradar Olhares distante
Tribos Blue Sou do dia Me perco Na noite Assusto Os desavisados A roupa Não condiz Com que sou Os olhos Cheios De sangue Inflamados Pela fumaça Perfumes Que se misturam Tribos
Lixo Blue De onde Ninguém Quer Ficar Um medo Cheio De sentimento Nas ruas Um morador Que tem Um teto De estrelas Rodeio Tudo O que Você Ver Eu vim Do lixo Da vida
Sombras Blue No detalhe Deixo Escapar O suicídio De querer Pular Sem pára quedas Na vida Conheço Cada sujeito De cada esquina Bebida Não existe Amor Nas sombras Do coração
Visionário Blue Nada disso Tem valor O sabor Não satisfaz A dor Continua Espreme Como limão Nos olhos Um navio Sem cais Um beijo Que nunca Irá Existir Visionário
Escuro Blue No escuro Num quarto De paredes Estranhas Estrangulo O sentimento Me sinto Pisado O tempo Todo Um labirinto Sem saída Quem Apagou A luz Não sei
Lugar comum Blue Um jeito Sincero Cria Espanto Tira O sono Perco O travesseiro Arranco Numa lágrima O sonho Perdido Acredito Que possa Adormecer Em paz Lugar comum
Vazio Blue Do vazio Um estranho No ninho Invade Despedaçado O coração Sente O vazio Um espaço Que nada Preenche Vazio Um grito Que surge Habita O vazio
Chama Blue Pra que a chama Não se apague E queime O dedo E toda Chama Se espalhe Na cera Derretida Nas sombras Paredes Desenhadas A chama Conhece Bem A luz Do teu olhar
Pavor Tenho pavor De sentir Frio E perder O cobertor Tenho pavor De ter sede E me arrepender De toda água Antes Tenho desejo De conhecer De onde gênio Saiu da garrafa Tenho pavor De admitir O que o coração Já sabe
Me falta Blue Me falta Inspiração Pra descrever A falta Que me faz Me falta O olhar Que nunca Existiu Ainda Me falta A lágrima Coração Partido Das despedidas Me falta O calor Das mãos Dadas Aulas Me falta
Outros cadáveres Blue Fui Me distraindo Me confundindo Dos espinhos Conheci O prazeres De várias Dores Sentimentos Pude Mergulhar No medo Arrancar Do fundo Da piscina Outros Cadáveres
Nascente Blue Olhando Pras águas Do rio Vi Um espelho Reflexo De uma vida Repleta De margens Afluentes Igarapés Que nunca Irei Encontrar Apenas Nos sonhos Que vou criando Na nascente
Perdendo você Blue Inventamos Tantos dias Numa essência Que não tem Preferência Numa fila De desejos Passarela Sem apoteose Quem sabe Tenha Chegado A hora De novo Hoje Perdendo você
Naquela praça Blue O peão De tanto Rodar Ficou Tonto O balanço Foi além Sacudiu Até parar De sentir A gangorra Não usei Faltou Alguém Do outro lado Naquela praça
Triste palhaço Blue A desculpa Esfola a pele Ninguém Se despede A dança só anda Quando a música Perde a letra E vem o coração Num tempo Onde todos Se escondem Na ilusão Os loucos Aterrissam A vontade Nas nuvens Triste palhaço
Dedo podre Blue Dos sabores Tive o amor De ver passar E nem perceber O fruto Do pomar Ficou a semente Um plantar Diferente Não aprendi A adubar E não vi Crescer A dor Que me vem Quando vejo E sinto o mar Dedo podre
Poesia com vida Blue Choro Lembrando De muitas Músicas Antigas No violão Onde Os meus Dedos Não escondem O sentimento De cada emoção De se está Profundamente E me confundo Entre a voz O silêncio De se namorar Tomando um chá E ser fusão E confusão A poesia Com vida
Horizonte Blue Sei Que mora Nas nuvens Como um anjo Que ninguém Ver e voa Última gota No esgoto O que se perdeu Pelo chão Se misturou Na essência E pra mudar Não é em vão Sem tirar Os olhos Do horizonte
Melhor da vida Blue Tem dias que pra animar Precisamos arrancar A âncora das dúvidas Despencar ladeira abaixo Arregaçar as mangas da alegria E acreditar que um caminho se abrirá Já nem me lembro mais o gosto A essência de um olhar de férias Quem sabe encontre escondido O melhor da vida
Procurando melhorar Blue Sentindo O corpo Enfraquecido Do tremendo Stress De se agitar Além do equilíbrio De se mergulhar Em águas Profundas E lembrar Que é Possível Navegar Na superfície Sem perder O que a vida Mais pede Na doença Um aviso Procurando melhorar
Língua Blue Vamos Escolher Cafuné Ou beijo Deixar Queimar No forno O desejo Apresentar O tempero Da pimenta O Reino E olha Que dá Sede Eu sei Ninguém Pode matar O que alimenta Mordendo a língua
Com amor Blue Tentei Me salvar De toda Dor E não Pude Segurar O fôlego Perdi O sorriso E preciso Encontrar E quanto Mais pra fora Vou Me perco Não sinto O vôo Simples Que vive A bater No coração Com amor
Caos Blue Talvez O amor Seja Impossível Pra alguns Utopia Surreal Esse lugar Romântico Retrô De filmes Séries Que parecem Não sair Dos sonhos Acho Que choro De não ver Você sair logo Desse lugar É o que mais Quero que aconteça Nessa vida Que esteja Longe do caos