Enigmático silêncio Transborda sem palavras Desconhecendo a chuva Que demora a chegar E faz do deserto uma sede Intensa rodeado de um olhar De enxugar o medo distraído Que é viver na solidão Essa roupa cai bem Despindo o calor Amor na praia Entre os dedos Tua concha
Do jeito Que estou Não me escondo Tem quem Se mate Pelo disfarce Abóbora Carruagem Sapato de cristal De que conto de fadas Devo voltar a folhear O sentimento O coração Só tem as cores Que ousamos Pintar na vida
Tenho teu desejo Nos dedos calados Descobertas De ilhas Sentimentos Não dá Pra disfarçar O brilho Nos olhos Delírios Só tenho Pressa De chegar Sempre Em todos Lugares Sementes Que iremos Namorar
As vezes O silêncio Ajuda O eco A encontrar A resposta E na ponta Do lápis Tem um olhar Pontiagudo Que nem Sempre Encontra A borracha E prefere A caneta O desejo De nunca errar
De tantas estrelas Avistei a única Que faz brilhar Soltar a emoção De viver gozar Me faz lembrar Que portas E janelas Jamais serão Esquecidas As lições Mergulham Aprofundam No silêncio O mar Chamei e veio O mistério Enigma De um tamanho Que me engana Lágrimas de alegrias
O que estava No avesso Gostei Que pena Foi pouco O tempo A temperatura Ficou abaixo Do horizonte Tinha um jeito De dilúvio Bem guardado Saiu do esconderijo Pedindo pra ficar Quero outra vez
Ninguém sabe É tão pertinho A pele arrepia Em cada encontro Difícil é conciliar O tempo de ficar Quietinho assim Respirar sentir Que não preciso De mais nada Estou Num passe De mágica Em todos sonhos Namorando A vida Quando estou No melhor Lugar do mundo Na chama da cama
Lembra uma tortura Agonia absurda De querer coçar Forte nas costas Onde nunca Se alcança São tantas canções Gargalhadas sem freio Dar espantar qualquer Distraída emoção Olhar quieto Amor doido Arreganhado Mundo Quero desenhar Dentro de você Essa poesia Sem cara De saudade
Quem responde Tão rápido O sentimento Nem ver Passar O que a vida Simplesmente Não silenciou Ficou em pensamentos Correr num beijo Nunca faz sentido E demorar Não precisa De resposta O que é tão junto Vem com amor
Admirável desejo Sucumbir sempre Cair num beijo Colar até dormir Com as estrelas Pulsando forte Um grito No coração A voz não sai O que fica lá Bem lá atrás Um passeio Arrepios Nas costas Quando tudo cai É linda tua paisagem Saindo sem pedir Pra amar É assim Que o sol Namora a lua
Catando vagalumes Junto com o por do sol Fingir dormir Assim é que o dia Se despede Pronto pra mais Um encontro Com as estrelas Namoro solitário De vários olhares Pra quem tem pressa A vida não perdoa Faz doer o degrau Em vez do prazer Catando vagalumes
É no suor Que vem Um calor Atrito Suspenso No ar Um silêncio No encontro Através do tempo Templo nos lábios Um tesouro Entre as pernas Um segredo No vale Um olhar Se abre Querendo Um mergulho
Desse pincel Quero melar O dedo Sentir A tinta Escorrer No chão Um gosto De quero mais Peixe fora d'água Sereia sem rumo Beira de rio Querendo Mergulhar No mar Um beijo na mão
Jardim despido De tantas flores Cores no coração Poderia ficar Dando voltas Do começo Ao fim E nem assim Iria descobrir O que não faz falta E completa você Cor de pele
Mesmo se sentindo Nas últimas O que sobrevive Na língua desenfreada Sem namorar a paciência Tem fabulosas descobertas Escondidas nos seios da razão E quem diria que o amor Está onde habita a intuição De quem desperta O namorado no colo No bagaço da laranja
O que não existe Nem o tempo leva De lugares mundos Tem o sentimento Não são as nuvens Que passam E o que tudo Veste sempre Somos como estrelas De um beijo único Que vive disparando No universo Muito amor
Parece cereja Beleza sem fim Gargalhada livre Abusando do silêncio Não sossega Nem no colo Faz cócegas Amarrota Qualquer beijo Escondido na solidão Escorre nas mãos Parece cereja
Veio das estrelas Presentear o mundo Irradiar o sorriso Aprender o amor Desconfiado cabelo Tem jeito de primavera E ama o frio E arrepios Faz falta na festa Afasta o silêncio De quem tá quieto Sabe mexer Entre o café e o chá
Enjoado amor Guloso nas paredes Nas marcas do tempo De beijar sem sentir A boca da saudade É feroz no olhar Nem dar Pra desculpar A falta Que o suor Faz no silêncio Um sabor Nas mãos Enjoado amor
Fiquei de costas Pra o espelho Querendo esticar Alcançar o desejo O que complica Implica no olhar Que demora A chegar Como um presente Que espera o embrulho E perde o laço No capricho De muito amar
Namorando as pedras Que ficaram no caminho Silêncio bom no olhar De querer colo Que nunca vem Sozinho no sentimento Atravesso a calçada Esquina de cada momento Que guardo na vitrine Ilusão beijo na boca Não mata a sede Da saudade Aumenta Não sei Se aguento
Dentro da tempestade Tem uma festa digna De um olho do furacão De fazer os sentimentos Perderem as raízes E ficar sem chão As nuvens parecem chorar E vamos juntos no clima Descobrir onde mesmo Que o amor Escondeu O teu sorriso
Pra balançar Mexer o esqueleto Ficar mais perto Respirar no coração Decolar aquele olhar Esperando aterrissar No desconforto o sentimento Agita a mão suada Será que faltou O jeito tímido Impossível Não querer Dançar O que nunca vem Está na música Que não sai Do bis
Do que mesmo Tanto dói Chega A rasgar No peito Jeito esse De se entregar Tão aberto Feito caravela Na brisa Arquipélago Inexplorado No coração Quem sabe Abandone A solidão
Certas perguntas Durariam uma vida Inteira e nem assim Daria pra despir O coração De todos os sentimentos A saudade saberia o valor Calor e frio no pensamento Encontro de olhares Querendo colar Só tem um jeito Descobrir onde Vai dar A ponte Que te faz Sorrir sem parar
Pétalas soltas Jardim suspenso Bem no meio Um girassol Um labirinto De sentimentos Ninguém discute Se perde mesmo O coração tem jeito De estilingue namorando Um bumerangue solitário Feito ondas na praia Me desmancho nas areias Sem deixar pegadas E só encontro conchas Quero abrir você
Fácil de se distrair Debaixo do tapete A poeira conhece O segredo Asas coloridas Tornando o olhar Desconfiado Perfume Se tivesse Que mergulhar Despencaria Num beijo Dando Um jeito Na vida Louco abraço
Do vazio Que vejo O sabor E a sede E o que se despede Feito pele de cobra Casulo diferente Roupa sem cor E na bandeja tem Os ingredientes Do pouco Que esqueci De provar Na vida
Esse é o lugar Que sempre vou Quando fico Chateado No sótão E as vezes No porão Da vida Uma dança Onde os pés Querem pisar Sentir firme A leveza Da janela Ouço Os latidos Perdidos Ainda brigo Por silêncio
É de um cenário Um passeio No olhar Buscar Bem mais De puxar Os cabelos E soltar De verdade O que as palavras Escondem E beber Numa taça Celebrando O desafio Sei que terei Muitas dores De cabeça
Namoro Sem burocracia Cafuné No café E de que nada Vai mudar E fará Esse sol Parar De sorrir E que se for Pra morrer Que seja De cócegas E guerra De travesseiros Onde perder É amar sempre
Óbvio é um lugar Que ninguém ver E todos dizem Está presente Diante dos olhos Que de tão arregalados Não percebem o passeio E fico debruçado Quase criando Asas Nessa janela Que se abre Sempre Quando Sai do ninho Das nuvens
De quem Me chama De loucura Sonho E não senta Ao meu lado Numa fuga Desejo Tem no olhar Um profundo Sentimento Amor Que só Se alimenta Na solidão Das palavras
De toda Pressão Tiro a lição Que fica Duradoura Dando o tom De se caminhar Sentindo a margem O que era uma gota Na montanha De um olhar Tornou-se rio Correnteza De vários Corações Encontro das águas
Entre a janela E o barco Uma relação Que uniu Uma amizade Através Da poesia Não acreditou Em fronteiras Soube nos versos Aproximar O sentimento Entre a janela E o barco
Se bastasse O desfile Das ondas As gaivotas Não saíram Do cais Esperariam As marés No olhar É desse Horizonte Que acredito A vida flui Quando deixamos O amor entrar Em cada momento
A vida Tem um tom Especial Variação Sem igual Se perde Nas palavras Sentidos Que querem Dizer O que Não se encaixa E se apertamos O sentimento É que coube O desejo De ali Se encontrar O carinho Do verso Na poesia Simples De se amar
Me deve Um por do sol Digno De um rei Manjar dos deuses Nessa vida De tantas Correrias Quando O limite Tem um profundo Olhar A paisagem Nunca deixa A desejar
É bom né Essa pausa Intervalo Sem silêncio Que não Cabem Em palavras Sentimentos O arroz precisa De água Tem jeito De açafrão Queria orégano Não ia dar Pra disfarçar Queimar Arroz com poesia